Associação de Estudantes da FCM/UNL (Blog)

A TUA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES ESTÁ A MEXER. E TU, AINDA ESTÁS PARADO!!??




Balanço do novo ano lectivo


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Com pouco mais de um mês decorrido após o início do ano lectivo, o que é que estás a achar!? Tem correspondido às tuas expectativas?
O que tens a dizer?
Contamos contigo para o debate, com os teus comentários. Só fazendo ouvir a tua opinião é que podemos tentar mudar o que está mal e melhorar o que está bem!!



6 Responses to “Balanço do novo ano lectivo”

  1. Blogger FVilasBoas 

    é com agrado que verifico que o blog da nossa associação de estudantes se está a tornar mais do que um simples espaço informativo...O pessoal da faculdade precisa trocar ideias, pois só assim poderemos procurar a mudança e passar a nossa mensagem!
    A nossa faculdade é, na minha opinião, um paraíso para os críticos... Não percam a oportunidade de serem ouvidos (ou lidos, neste caso!eh,eh)!
    abraço aos envolvidos neste projecto

  2. Blogger Hipercubo 

    Há cerca de um mês atrás, com o novo ano prestes a iniciar-se, as expectativas estavam nos píncaros, no meu caso, o 3º ano, descobria já um pouco do lençol do que é a clínica, a patologia, a Fisiopatologia, etc.. Desde então pouco mais tive que aulas teóricas , mais teóricas e teóricas, ainda mais teóricas, Ah! não esquecer a práticas cof! cof! teórico-práticas. Tirando as aulas efectivamente práticas de microbiologia, ainda não mais tive que intermináveis semanas teóricas, onde luto herculeamente para que a voz monocórdica e soporífera dos nossos distintos professores não me adormeçam... Na sequência do que já foi dito em "posts" anteriores, acho que seria fundamental a prática de laboratório e que o nosso contacto com o mesmo, não se deveria resumir a duas míseras horas semanais de microbiologia e a uns míseros diapositivos ilustrando laboratórios onde nunca estivemos, nem onde nunca iremos estar!!!

  3. Blogger FVilasBoas 

    Pois é,parece que o cepticismo começa a proliferar na nossa bela faculdade... Na verdade, estudámos num belo edifício localizado na 4ª colina da capital, onde os pombos não mais poderão pousar para descansar ou satisfazer as suas necessidades mais básicas, com uma fachada lavadinha e sem barreiras arquitectónicas, mas se pararmos para pensar rapidamente nos apercebemos que esta faculdade que nos vê crescer para a Medicina é destituída de substância, de conteúdo!
    Quando acabei o 2º ano pensei que finalmente iria iniciar a minha formação prática, conhecer um verdadeiro laboratório e inteirar-me dos projectos de investigação da nossa faculdade. Enganei-me redondamente... À excepção de Microbiologia, como referiu o meu amigo Hipercubo, todas as aulas são agora referidas como teórico-práticas... Às sexta-feira,quem quiser pode encontrar-me às 8:30 na cave do edifício escolar (que me faz lembrar as ruínas romanas de Conimbriga) supostamente numa aula teórico-prática de imunologia (eu que pensei que me iriam dar a oportunidade de conhecer a ELISA para detectar antigénios), ou às 2ªs à mesma hora numa sala com uns 20 metros quadrados numa aula de farmacologia a olhar para uns diapositivos em mais um programita do amigo Gates... São exemplos do quão maravilhosa é a nossa FCML!
    No meio de tamanha desgraça, valha-nos pelo menos as mudanças a que temos assistido na nossa AE... Sejamos optimistas neste país nas mãos de um acéfalo incompetente! Continuem o bom trabalho!Abraço

  4. Blogger Milan Satendra 

    lol!
    bem... eu sou do terceiro ano, mas não da vossa faculdade, mas da outra fábrica de médicos de lisboa, a FML.
    3º ano pco prático? Aqui se passa +/- o mesmo, mas já tivemos mtos contactos com laboratórios nos dois primeiros ano de curso. Em biologia molecular da célula, bioquímica celular... nas aulas práticas de fisiologia II só treinávamos actos básicos, os mesmos actos que agora estamos a treinar em Introdução à Clínica, mas com maior grau de conhecimento da nossa parte.
    Qto a investigação, no final de setembro e início de outubro tive a oportunidade de experimentar no laboratório de Neurociências, numa disciplina (pseudo-)optativa.
    Foi porreiro, gostei imenso e estive qse para ficar lá o ano inteiro, se não soubesse que o 3º ano requeria tanto marranço!!

    Gostava de saber mais sobre a vossa faculdade!

  5. Anonymous Anónimo 

    Concordo com a generalidade do que foi dito. Sinto que seremos bons médicos apesar dos professores que tivemos e não por causa dos professores que tivemos. Como já disse noutro espaço, julgo que Medicina ocupa uma posição de excepção no amplo espectro das artes, ela não é nem uma ciência nem uma humanidade in strictu sensu. Arte é para o Mestre Nuno Oliveira (ilustre mestre de equitação, seguramente o melhor ecuyer que o século XX viu e era português) "A sublimação da técnica pelo Amor". Por técnica entendia a capacidade de bem executar os gestos. Por Amor, o gesto de generosidade que punha algo de si na obra, que tornava o trabalho em algo de esteticamente agradável e único.
    Assumindo esta definição para a Medicina diria também que a técnica é essencial, sem os conhecimentos teóricos e o domínio dos gestos estamos destinados à incompetência. Mas sem a "sublimação" de que falava o Mestre Nuno jamais poremos algo de efectivamente nosso na medicina. Seremos meros repetidores amorfos de práticas. Nunca incarnaremos em nós o espírito médico enriquecendo-o porque ele nos passou ao lado.
    Há médicos que operam esta sublimação. Nesses é possível vislumbrar arte, é de facto uma experiência estética um diagnóstico bem tirado, uma cirurgia feita por aquelas mãos... Como dizia o nosso vate: "O binómio de Newton é tão Belo como a Vénus de Milo, há é pouca gente para dar por isso".
    No entanto, estou convencido que é na relação que a arte atinge o seu ápice. Nesse momento da relação médico-doente, a técnica é ultrapassada pelo imperativo categórico do acolhimento, a ciência pela poesia, o conhecimento pelo saber. É esse acto que é maximamente humano e é esse também que distingue os vulgares médicos dos grandes artistas.
    Para isto é absolutamente necessário retomar as grandes virtudes médicas já disse o Professor Daniel Serrão. Mas não temos muitos professores que nos permitam fazer este trajecto, pelo contrário, ainda há poucos dias uma professora minha respondeu a uma questão: "Isso não é para perceber, é para fazer". Com esta frase acabou a Universidade como bastião da inteligência e do espírito crítico. Importa somente veicular conhecimentos e criar mão de obra capaz e executar tarefas definidas.
    O facto de não termos mestres parece-me preocupante mas julgo que pelo simples facto de alguns estarmos despertos para esta situação a gravidade é menor. Sobretudo porque vamos reflectindo sobre tudo isto e querendo agir diferentemente Agora o que me parece preocupante de facto é a falta duma cultura de "aulas práticas de facto na nossa faculdade onde o aluno se familiarize com o laboratório e possa mais tarde, na sua prática clínica transpôr para lá as suas interrogações e assim ser criativo e inovar de facto na Medicina.
    Enquanto que a reflexão sobre o sentido do exercício da Medicina se vai sempre fazendo e aprofundando. No que diz respeito ao espírito critico cientifico, ou ele se cultiva desde já ou estará, na maioria dos casos, irremediavelmente perdido.
    Parece-me que, na nossa faculdade, não só não existe uma cultura de "aulas práticas" como existe pelo contrário, uma anti-cultura.
    Um dia mudarmos isto com certeza... Entretanto vamos dando o nosso melhor designadamente no projecto Karl Jaspers, uma iniciativa da Educação Médica da Associação de estudantes de que irão ouvir falar.
    Era muito interessante ter alunos de outros anos a comentar neste blog e até Professores. Gostava de saber como vivem tudo isto.
    abraços

    Alex

  6. Anonymous Anónimo 

    Concordo com a generalidade do que foi dito. Sinto que seremos bons médicos mais apesar do que por causa dos professores que tivemos. Como já disse noutro espaço, julgo que a Medicina ocupa uma posição de excepção no amplo espectro das artes, ela não é in strictu sensu nem uma ciência nem uma humanidade.
    Arte é para o Mestre Nuno Oliveira (ilustre mestre de equitação, seguramente o melhor ecuyer que o século XX viu e era português) "A sublimação da técnica pelo Amor". Por técnica entendia a capacidade de bem executar os gestos. Por Amor, o gesto de generosidade que punha algo de si na obra, que tornava o trabalho em algo de esteticamente agradável e único.
    Assumindo esta definição para a Medicina diria também que a técnica é essencial, sem os conhecimentos teóricos e o domínio dos gestos estamos destinados à incompetência. Mas sem a "sublimação" de que falava o Mestre Nuno jamais poremos algo de efectivamente nosso na medicina. Seremos meros repetidores amorfos de práticas. Nunca incarnaremos em nós o espírito médico, enriquecendo-o, porque ele nos passou ao lado.
    Há médicos que operam esta sublimação. Nesses é possível vislumbrar arte, é de facto uma experiência estética observar um diagnóstico bem tirado, uma cirurgia feita por aquelas mãos... Como dizia o nosso vate: "O binómio de Newton é tão Belo como a Vénus de Milo, há é pouca gente para dar por isso".
    No entanto, estou convencido que é na relação que a arte atinge o seu ápice. Nesse momento da relação médico-doente, a técnica é ultrapassada pelo imperativo categórico do acolhimento, a ciência pela poesia, o conhecimento pelo saber. É esse acto que é maximamente humano e é esse também que distingue os vulgares médicos dos grandes artistas.
    Para isto é absolutamente necessário retomar as grandes virtudes médicas já disse o Professor Daniel Serrão. Mas não temos muitos professores que nos permitam fazer este trajecto, pelo contrário, ainda há poucos dias uma professora minha respondeu a uma questão: "Isto não é para perceber, é para fazer". Com esta frase acabou a Universidade como bastião da inteligência e do espírito crítico. Importa somente veicular conhecimentos e criar mão de obra capaz e executar tarefas definidas.
    O facto de não termos mestres parece-me preocupante mas julgo que pelo simples facto de alguns estarmos despertos para esta situação a gravidade é menor sobretudo porque vamos reflectindo sobre tudo isto e querendo agir diferentemente Agora o que me parece preocupante de facto é a falta duma cultura de "aulas práticas de facto na nossa faculdade onde o aluno se familiarize com o laboratório e possa mais tarde, na sua prática clínica transpôr para lá as suas interrogações e assim ser criativo e inovar de facto na Medicina.
    Enquanto que a reflexão sobre o sentido do exercício da Medicina se vai sempre fazendo e aprofundando. No que diz respeito ao espírito critico cientifico, ou ele se cultiva desde já ou estará, na maioria dos casos, irremediavelmente perdido.
    Parece-me que, na nossa faculdade, não só não existe uma cultura de "aulas práticas" como existe pelo contrário, uma anti-cultura.
    Um dia mudarmos isto com certeza... Entretanto vamos dando o nosso melhor designadamente no projecto Karl Jaspers, uma iniciativa da Educação Médica da Associação de estudantes de que irão ouvir falar.
    Era muito interessante ter alunos de outros anos a comentar neste blog e até Professores. Gostava de saber como vivem tudo isto.
    abraços

    Alex

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